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domingo, 24 de dezembro de 2017

entre todos os passarinhos que vi essa semana, você é o que eu mais quero bem e o que eu mais quero livre. 
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os últimos dias foram pra observar o efeito do sol no seu corpo. 
foram pra observar os efeitos da sua boca no meu corpo, do seu sorriso de inundação.
penso no estranho que é eu não conseguir muito bem escrever sobre você, enquanto sobre os outros é quase inevitável. 
dormi essas noites sentindo sua pele e sua respiração (cheiro doce e metálico), e as palavras vinham misturadas em brasa e cinza, nunca organizáveis, nunca colocadas no papel. as vezes acordava no meio da madrugada clareando e podia ver tua barriga, seus seios, tua suavidade, e sentia que ventava dentro em mim um vento gelado; no escuro eu ouvia o mar. 
e quando amanhecia e a primeira coisa do dia eram seus olhinhos de quem parece sempre ter aprontado algo, eu lembro de pensar que não importava o quanto de sol fizesse lá fora, nada poderia iluminar mais o quarto. 
as vezes quase me frustrei, porque apesar disso não te escrevia, não soube. acho que hoje entendi. 
eu não soube porque você não é a fonte, você é a própria poesia.

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