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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

volteia todo o pescoço com um cordão feito de
vontade
chega perto de mim pra emanar calor (energia térmica que sai do seu corpo e vem pro meu)
e contenho minha saliva na boca
mesmo que minha vontade seja espalhá-la em você
tiro o cabelo da nuca para que meu cheiro se difunda e te atinja
e você sente
é um jogo

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

para sua selvageria incurável

te escrevo com a ideia semi-inconsciente de que você vai sentir cada palavra, mesmo que minha intenção seja nunca te mostrá-las.
ouço em você uma voz de útero e dentes, que me fala numa língua antiga - que aprendi, parece, bem antes de nascer. uma língua que compreendo através dos músculos, gravada nas células do abdômen.
sinto um chamado na sua fúria (você é fúria e sexo), na sua voracidade, nos seus dentes imensos que me fagocitam sem me tocar.
e nos seus olhos vejo batidas de tambor.
você me afunda na terra