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quinta-feira, 31 de julho de 2014

Escrever eu não escrevo, não. Não sou eu. Na verdade quem fala é a vida, berrando no meu ouvido: "você pode anotar isso pra mim?" aí meus dedos correm buscar caneta.
Mas tem vezes que ela passa longos períodos quietinha, autossuficiente.
"Tipo agora", ela me pediu pra avisar.

segunda-feira, 28 de julho de 2014

re-conhecer

quarta-feira, 16 de julho de 2014

Primeiras horas da manhã. Listras vermelhas dividiam o céu em gigantes partes fractadas. Raios se atiravam sobre as coisas, casas, árvores, despertando tudo, colorindo tudo, com a minúcia de refletores de palco. Nuvens começavam a borbulhar. No meio disso tudo, uma estrelinha resistia ainda, desavisada, não sabendo que seu número acabara. Amanheceu, amanheceu Vênus.
Bem que Alberto Caeiro me avisou de você, sua independente.

domingo, 13 de julho de 2014

Guardei num pote um tanto de água do mar. Poseidon veio reaver sua posse, fazendo brava a água.
Mas quando me olhou, soube; ela não pode ficar muito tempo sem mar. Leva, leva.


O que eu amo no litoral

o cheiro
a espuma do mar
formas de vida que você nunca tinha visto
como o mar destrói construções
o vento salgado
corujas
a sensação de finalmente conseguir acender o baseado
quando o mar bate nas pedras
como todo mundo é mais feliz
como o mar fica brilhante quando os astros refletem
o gosto que fica na boca depois de sair da água
os cachorros são mais felizes
toquinhas de siri
conchas, caramujos e bolachas do mar
areia entre os dedos dos pés
o ar sempre é úmido
a vontade de fazer parte do mar