com suas asas que fazem furacões.
não vai entrar em mim de novo. com suas pequenas patas curiosas bisbilhotando a quinquilharia que sou/carrego.
com teu ar, cheiro e palavra.
te deixo ficar na varanda junto com todos os outros e até na sala, dependendo da minha força. mas não na alma. não na cabeça.
em mim não tem pouso pra você.
sábado, 23 de maio de 2015
a vida toda é outono
já são quase 20 horas antes que você possa pensar nisso. e de repente é segunda e você tem quase 20 anos e seus peitos logo vão começar a cair.
e em vez das ideias florescerem, a mente é uma árvore seca de fim de outono. (sem os tons alaranjados vivos, só marrom e seca.)
e em vez de irradiar fome e vontade de mundo, mantenho olheiras e olhos vermelhos e pele apagada.
e pratico um amor inverso.
e em vez de amizades efusivas, ressacas (físicas e não)
mas viver ainda dói bom.
quarta-feira, 6 de maio de 2015
indecida-se
Minha cabeça redemoinha de palavras que não consigo capturar, como acontece com teu vento.
Te reconheci no vento (que rege nossos signos. que rege pipas, penas.)
E você fala muito. Mas não te encontrei em palavra nenhuma; foi no silêncio e no escuro. Quando não paramos de dizer, só paramos de falar.
E do mar veio mil ventos salgados pra embalar nossa embriaguez, então nossos olhos ventaram. E bocas ventaram.
As vezes cá dentro brisa.
Te reconheci no vento (que rege nossos signos. que rege pipas, penas.)
E você fala muito. Mas não te encontrei em palavra nenhuma; foi no silêncio e no escuro. Quando não paramos de dizer, só paramos de falar.
E do mar veio mil ventos salgados pra embalar nossa embriaguez, então nossos olhos ventaram. E bocas ventaram.
As vezes cá dentro brisa.
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