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segunda-feira, 20 de março de 2017

Tira o casaco, te pedi achando que você obedeceria ao menos isso, ao menos o pedido óbvio de tirar o casaco molhado num dia frio, mas você não acata pedidos nem que sejam de amor. 
Desconfiei que você queria ficar molhada por estar com saudade do mar (o mar está longe e o nosso chão é duro).
Fica?
Você tirou do bolso um dos seus raros sins, e eu não soube o que fazer com a sua presença. Te ofereci todo tipo de coisas, comida, chá, quer que eu acenda um incenso, quer uma toalha, quer tirar o sutiã.
Não te contei, mas essa semana vi um comentário seu no facebook e senti ciúmes, era você falando alguma gracinha sobre casar com alguém.
Desculpa por sentir ciúmes. Eu prometo que vou ser desapegada e tranquila, daqui por diante. Prometo que vou achar graça nos flertes que você dá por aí. Prometo não querer saber sobre as outras pessoas com quem você fica.
Mas posso te pedir pra não casar ainda?
Posso te pedir pra hoje, só hoje, você casar comigo? Finge que nessa noite fria, de roupa molhada, de incenso aceso, nós casamos e precisamos estar em lua de mel agora, aqui na sala. Tira seu casaco, seu sutiã. Tira tudo que você quiser tirar. Não vou te deixar sentir frio. Te falo umas putarias, te mordo a boca fina, posso lamber cada canto da sua pele. 
E você negou porque não acata pedidos, nem que sejam de amor.