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terça-feira, 13 de janeiro de 2015

Ela chegava suja de rua e abria minha casa a noite, estrondosa, com a chave reserva que roubou fazendo graça. Entrava na minha cama e em mim, e atrapalhava meu sono com umas músicas desafinadas no ouvido.
E eu não a amava.
Tirava a roupa minha e dela. Perguntava se "você sente tesão por isso aqui", abrindo as pernas, fingindo não saber da resposta
e eu ria tentando não devorá-la com uma rapidez que o amor não tem.
Transávamos em todos os lugares da casa, tantas vezes quanto os bêbados e as putas podem aguentar. Depois a vida parecia suave nas costas nuas que ela me virava pra bolar um baseado. (já reparou na sensação incrível que é observar uma mulher bolar um baseado depois do sexo?)
A via, sobretudo como minha possibilidade de não-amor.