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segunda-feira, 13 de julho de 2015

As águas do mundo são sempre as mesmas

Um raio cai mil vezes no mesmo lugar. (você pode pensar que isso é bonito, como uma planta arrancada que ainda tem raízes. Mas não é.)
As águas de um rio passam, mas voltam. E eu esqueço de coisas mas de repente lembro, e arde. Porque resgato sentimentos que pensei obsoletos, e arde.
(sem doer, como sereno fino que não molha, mas existe.)
penso que já fui como um planeta recém nascido, em puro magma, em carne viva. exposto, aberto. que doía e molhava.
mas tenho feito-me solo duro e sei resistir ao rodar infinito dos corpos apenas com desconforto.
menos à minha própria órbita. essa dói.