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terça-feira, 20 de maio de 2014

Desculpas ao meu sexo

Falhei mais uma vez com você, Cosmos. Acho que não honrei o corpo do qual fui encabida.
Desculpa corpo. Por não aguentar suas dores de mulher. Por não saber fazer do meu ventre útero do mundo. Por não querer, nunca, acolher uma alma além da minha dentro de mim, e por não deixar um novo corpo formar-se dentro do meu próprio.
Ingeri, inalei e traguei tantas coisas que poluíram minha carne, que anos não me purificariam. E quantas vezes fui hedonista!
Desculpa vagina. Por te dar prazer apenas carnal, e nunca pensar na sua universalidade cosmonauta. Por dizer palavras que te denegriram. Por não aceitar seu sangue visceral, limpo. Por não ser mulher a ponto de te merecer.
Até agora.

Gostava quando eu não era construída

Quando eu era nova queria crescer. Hoje que quase-cresci sei que crescer é construir castelos.
Crescer mais é destruí-los.
Porque assim uma coisa maior pode entrar no lugar; um nada!
!                                                                                              !
Um horizonte grande, descampado e todo cheio de possibilidades de ser.