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quinta-feira, 23 de julho de 2015

Amo até os beijos ensurdecedores no ouvido.

Ele vem macio com um olhar que não sabe que faz, mas faz, e que não sei explicar, mas falo sobre. Abraça quente. E acho graça na surpresa que ele mostra quando o beijo vem antes do "oi".
É maduro mas fala besteira e ri solto da própria piada. Ri gostoso, fácil, infantil. E olha fundo como se quisesse atravessar minha íris, cavar qualquer coisa atrás dela com os olhos, beijá-la e devolve-la ao lugar.
Amo a boca macia e a língua. Amo quando as usa pra falar, pra me beijar e pra me chupar.
Me acompanha na novidade, mesmo que não seja novidade pra ele. Me dá a mão, apoiando sem guiar.
Amo quando é tão chato que o odeio. E quando desata a falar sobre mil coisas que eu não entendo, e eu fico ali olhando sem ouvir nada porque gosto de olhar pra ele. E porque gosto de como a boca se mexe e dos dentinhos pequenos, e de como ele puxa o ar entre as palavras.
E gosto de ficar o dia inteiro na cama, esquecendo da fome, do sol que faz lá fora, de tomar banho. Transando muito e gostoso e deixando todo o quarto com o nosso cheiro.
Amo sobretudo o jeito que descobri amar. Amar muito mas não mais que a mim. E forte, mas sem cobrar retorno. Querendo-o bem mesmo que isso não me envolva, e ficar feliz de vê-lo feliz, e ficar triste com sua tristeza e orgulhosa das suas vitórias. Sentir saudade mas saudade boa, sem me magoar ou ofender se ele não sentiu também porque estava com outras mulheres.
E não pensar nele durante todo o dia, mas não pensar em mais nada quando ele aparece.
Me sentir tão grata que o amarei a quilômetros e meses de distância.