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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

there's something about you that i can not understand

Não era por ser metida ou triste que ela nunca olhava nos olhos. Não que fosse feliz, mas não era por isso que nunca deixava as mãos serem tocadas.
Tinha sono leve, porque nem dormindo se permitia ser indefesa.
Também parecia meio incapaz de ter conversas longas demais e amizades longas demais e relacionamentos longos demais. Era porque tinha um jeito naturalmente fugitivo assim. Largava frases incompletas no ar, e tinha a mania peculiar de te deixar sozinho.
Deixar sozinho, isso era uma coisa que ela fazia muito.
Não falava muito dela e não se deixava olhar por muito tempo.
Um dia sumiu. Morreu, não sei. Sumiu, tinha um jeito naturalmente fugitivo. Sumiu de uma vida sem muitas coisas além de baques abruptos.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

porque as vezes me dá uma falta de sentido que vocês nem sabem.

bolsa de valores tanque de gasolina novidades em tecnologia aquecimente global
pasta de dentes.
O MUNDO É MUITO ENGRAÇADO!
e por favor, por favor, chega de se levar a sério viu. chega de caçar meus erros gramaticais. chegar de complicar porque o mundo é simples e tua cabeça nem tanto. porque olha, o mundo é uma bosta mesmo, mas tudo bem porque ele pode ser poesia, assim de vez em quando.
tira esse terninho. eu sei que você entende muito sobre economia e tal, eu sei que você pagou muito caro nesse celular MAS PARA
para só um poquinho e olha pra cima. se tiver estrelas melhor, mas se estiver chovendo
melhor.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Sabíamos.

Era diferente porque não tinha o peso das formalidades entre a gente. Nem nhé-nhé-nhés sentimentais.
Ele sabia que eu gostava dele, porque eu gostava. E sabia mesmo sem eu me esforçar pra mostrar; me esforçava pra não esconder, apenas. E ele sabia.
Também eram raras frases carinhosas. De qualquer jeito, sempre preferi sorrisos tímidos que dizem textos inteiros.
Eu sabia que ele gostava de mim também, sabia porque uma vez ele ficou doente e eu fui lá, com ele. Se ele melhorou? Não.
Mas eu fiquei doente também.
E foram os dias mais bonitos daquele ano. Ficarmos trancados em casa, de cama, doentes e juntos. "Sabe que geralmente eu odeio ficar doente. Dessa vez até que está valendo a pena, sabe, guria?"
Aí eu soube.
Sabíamos, e era suficiente.