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terça-feira, 16 de setembro de 2014

Entrava sempre pela porta como uma fumaça preta. Nos bolsos do sobretudo escuro trazia imponência, puríssima, pesada. Nos ombros, o peso de galáxias e a capacidade de jogá-lo em qualquer um, a qualquer momento, por qualquer descuido. Da língua rolavam palavras em forma de agulha, rasgando o ar como uma faca de chumbo rasgaria carne.
NÃO somos extraordinários.