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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

parte de coisa nenhuma

nunca fui tinta num quadro seu (e sou apenas apenas apenas minha.)

te escrevi uma carta e guardei numa gaveta que tem nome (Cartas Que Serão Sempre Nunca Enviadas.)
me desculpe pelo mal de usar essas palavras tão definitivas (nunca, sempre)
e o mal de fazer ressalvas demais (((())))
e quando você reclamou da mãe e ela chorou (e eu chorei. e você não.)
eu te amo. eu não sei falar. desculpa. desculpa. não sei usar palavras porque elas são tantas. eu te amo. eu te amo. (eu estou chorando. e você não.)
eu sou inteira passado. sinto falta da minha primeira dezena de anos. (e tenho coisas presas nos canais dos olhos)
EU TE AMO MAS ISSO NÃO ME DESAFOGA
EU TE ESCREVO MAS ISSO NÃO ME DESAFOGA
EU CHORO MUITO MAS ISSO NÃO ME DESAFOGA
EU NÃO SEI FALAR MAS ISSO NÃO ME DESAFOGARIA
EU MINTO MAS ISSO NÃO ME DESAFOGA
E EU TE INVENTO
eu te invento pra arrumar um problema.
{eu sinto sua falta ou de uma outra pessoa que faça o que você fazia [me dizer que ainda posso fazer arte (porque ultimamente minha forma de expressão são ressalvas e lágrimas muito salgadas que não me desafogam - ou só me afogam salgado.)]}

(eu nunca eu sempre)