as comidas apodrecendo nas panelas
dentro de mim um animal sendo torturado
falei seu nome em voz alta pra ver se ainda cabia na minha boca e cabe tão bem
nada na casa me poupa porque tudo é coberto com a sua pele
nada na casa me poupa porque tudo é coberto com a sua pele
a casa inteira rindo sua gargalhada
as cobertas na cama com o seu formato
você vindo de longe de qualquer lugar que eu olho
todas as canecas com a marca da sua boca
todas as canecas com a marca da sua boca
do lado de fora as plantas mudam devagar e você não sabe
o sol no seu quarto e você não sabe
o fio no meio do meu corpo gritando: ruptura
e todas as opções de continuar parecem esvaziadas, comer, tomar banho, dormir e estar acordada, estar acordada, estar acordada
porque eu sou inteira um galão de ácido
tudo para ninguém