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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Amélia

Amélia era uma daquelas mulheres intensas. Gostava de tudo bem salgado ou bem doce, bem forte, bem sentido, bem devagar. Não que fosse 'quente ou frio, ama ou odeia, toca ou não toca, 8 ou 80', ela até gostava do morno, o problema é que Amélia queria todos os prazeres da vida, e queria todas as dores também, de tanto que gostava de sentir.
E Amélia fazia drama e Amélia pulava de para quedas e Amélia fazia sexo com estranhos e viajava e ria e invadia festas e chorava e ficava bêbada e vivia
Amélia vivia.
Mas um dia Amélia sentiu tanto, mas tanto,
que morreu de sentir.