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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Não te conheço.
Não te conheço e mesmo assim, te uso como material pra poesia. 
Imagino conversas nossas no chuveiro e as vezes acho que sinto seu cheiro quando dobro alguma esquina.
Não te conheço e não te amo (não te amo mais do que amo todas as coisas).
Não te conheço, te projeto, e espero que você perceba meu corpo aberto quando envio sinais telepáticos sutis. 
Quero mastigar sua pele
te tocar de todas as formas. 
Você não me conhece mas eu me pinto interessante - não sei não jogar
Chamo sua atenção e finjo que foi sem querer. Toco minha boca quando sei que você está olhando (me sinto estúpida)
funciona.
Não te conheço e nem quero, pra não estragar a fantasia que te criei. 

Um comentário:

  1. Eu não sei direito como cheguei aqui, mas, cara, que bom que cheguei!

    Sou uma profunda conhecedora dos desconhecidos que alimentam a poesia urgente que levamos dentro de nós. Todo mundo deixa um texto, repito sempre. Deixa também um poema, por que não?

    Se você deixar, eu volto.

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