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segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Amélia

Amélia era uma daquelas mulheres intensas. Gostava de tudo bem salgado ou bem doce, bem forte, bem sentido, bem devagar. Não que fosse 'quente ou frio, ama ou odeia, toca ou não toca, 8 ou 80', ela até gostava do morno, o problema é que Amélia queria todos os prazeres da vida, e queria todas as dores também, de tanto que gostava de sentir.
E Amélia fazia drama e Amélia pulava de para quedas e Amélia fazia sexo com estranhos e viajava e ria e invadia festas e chorava e ficava bêbada e vivia
Amélia vivia.
Mas um dia Amélia sentiu tanto, mas tanto,
que morreu de sentir.

2 comentários:

  1. Porra, eu fiquei até sem jeito lendo o seu comentario, de verdade haha. Muito obrigado Juliana.

    Sabe que você não fica muito atrás dos elogios não. Gosto do tom que usa nas palavras e da forma livre que consegue empregal-las nos seus escritos, sem contar que toda aquela merda clichê que vemos na maioria dos blogs por ai não dão sinal de vida por aqui...
    Amélia morreu de tanto sentir, mas talvez tenha sentido tudo certo, ou pelo menos mais certo que muita gente por ai!

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  2. Vi teu comentário no blog do Guilherme, a substância das suas palavras naquele espaço tão pequeno. Fui ver se tinha um blog, e tinha. Gostei muito deste lugar, sigo, e virei mais vezes.

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